PAZ ROUPA NOVA

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LINHARES, ESPÍRITO SANTO, Brazil
BAHIANA, PROFESSORA, FELIZ, AMA E ADMIRA A FAMÍLIA, ACREDITA NA CONCRETIZAÇÃO DOS SONHOS DITOS IMPOSSÍVEIS: ( BASTA TER FÉ E IR A LUTA.

FÉ....

HAVERÁ DIAS EM QUE... DEUS PERMITIRÁ QUE A TEMPESTADE TE ALCANCE...

MAS JAMAIS ESQUEÇA... ELE ESTARÁ AO TEU LADO, ATÉ QUE ELA SE VÁ!

sábado, 22 de dezembro de 2012

ATIVIDADE DE MATEMÁTICA 5º ANO


ATIVIDADE DE MATEMÁTICA

5º ANO

1 -  Observe a tabela a seguir:

ANIMAL
VELOCIDADE
LEÃO
80
CAVALO
75
COELHO
55
GIRAFA
50
GATO DOMÉSTICO
48
ELEFANTE
40
ESQUILO
20


a)   Com base na, podemos dizer que em duas horas e meia uma girafa pode correr:

(    ) 50km

(    ) 55 km

(    ) 100 km

(    ) 125 km

 

b)  Qual animal que em três horas e meia pode correr 280 km?

Leão

 
2) Joana tinha R$200,00 e gastou dessa quantia, três notas de R$20,00, quatro notas de R$10,00, duas notas de R$5,00, cinco notas de R$1,00 e dez moedas de 0,50 centavos. Quantos Reais sobrara ?

R$ 80,00


3) Na bilheteria de um cinema, o responsável começa o trabalho com três notas de R$5,00, quatro notas de R$2,00 e duas moedas de 0,50 centavos para facilitar o troco.  Com quanto ele começou a trabalhar?

R$ 24,00
 

4) Erica quer trocar sua nota de R$100,00 por notas de menor valor. Qual a opção corresponde ao mesmo valor?

a) 2 notas de R$ 20,00 e quatro notas de R$ 5,00

b) 3 notas de R$ 10,00 e 1 nota de R$ 50,00

c) 3 notas de R$ 50,00 e 2 notas de R$ 10,00

d) 4 notas de R$ 20,00 e 2 notas de R$ 10,00

 

5) Observe o numeral 128784, sua decomposição é:

100000+ 20000+ 8000+ 700+ 80+ 4

 

6) Numa viagem de 650 km, Dora e sua família percorreram 256 km e fizeram uma parada para o almoço. Quantos quilômetros eles ainda têm que percorrer para terminar a viagem?

394 km

 
7) Gisele tem R$512 e Marcelo tem R$ 607. Nessa situação é verdade:

a) juntos, eles têm R$1.107,00.

b) Faltam R$90,00 para Gisele ter o mesmo que Marcelo.

c) Marcelo tem o dobro do que  Gisele Tem.

d)  Marcelo tem R$ 95,00 a mais que Gisele.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MÚSICA É IMPOSSÍVEL TE ESQUECER

 

DISCURSO DO ORADOR - FORMANDOS EM PEDAGOGIA


FORMANDOS EM PEDAGOGIA / 2012

DISCURSO DO ORADOR – ERICA REGINA SANTANA


Hoje, celebramos uma grande conquista, um dos mais belos momentos de nossa jornada acadêmica. Podermos compartilhá-lo com nossos entes mais queridos, nesta noite, aumenta a nossa alegria e nos faz expressar sinceros agradecimentos a todos que, de alguma forma, contribuíram para essa vitória.

Sabiamente, certa vez, Dom Pedro II proferiu o seguinte: “Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor”.

E foi no primeiro semestre do ano de 2009, que assumimos conosco mesmos uma importante decisão: cursaríamos a ciência que nos capacitaria para sermos úteis aos alicerces da educação, e nos tornaríamos professores e pedagogos em 2012!

Quanta expectativa! Iniciamos a nossa vida acadêmica, temerosos diante do novo, do inusitado... inseguros demais em relação aos desafios que nos aguardavam. Confesso que eles foram muitos, mas nenhum maior que a nossa vontade de vencer.

Aos poucos fomos aprendendo a nos respeitar, nos admirar, e a compartilhar as histórias de superação, de lutas, de perdas, de conquistas, e nos tornamos uma família... Alguns tinham ofícios diferentes e hoje já atuam como professores, outros eram solteiros, se conheceram no Curso e se casaram, não é mesmo Aderley e Dameire? 

A verdade é que vivemos juntos momentos extraordinários, como os dias em que nossas colegas Tatiane Gomes, Lucinéia Locateli e Mônica se tornaram as mamães de Alice, Arthur e Isabele, nos legando “sobrinhos”.

Reconhecemos que essa vitória somente foi possível porque pudemos contar com os magníficos alicerces que Deus colocou para nos sustentar:

Os primeiros foram os nossos queridos pais, a quem agradecemos  por nos amarem incondicionalmente e nos ensinarem que é nosso dever sonhar, planejar, executar, transformar positivamente as nossas vidas, e vencer, assim como vencemos hoje.

Paralelamente, nossos sogros, cunhados, cônjuges, noivos, namorados, irmãos e filhos, nos sustentaram e fortaleceram, oferecendo compreensão durante os muitos momentos em que estivemos ausentes ou atarefados demais.... Muito obrigada, mesmo, a todos vocês queridos.

Reconhecemos também que esse dia não seria tão especial, se não tivéssemos podido contar com mestres dedicados e competentes, como os que tivemos no curso de Pedagogia da Faculdade Pitágoras de Linhares.

Permitam-nos não nominá-los, pois jamais nos perdoaríamos se nos esquecêssemos de alguém, mas queremos lhes dizer que somos gratos a cada um de vocês pela sábia mediação do primeiro ao último dia dessa nossa trajetória . Recebam aqui, o nosso eterno respeito, carinho e admiração.

Queridos colegas, nós vencemos! Vencemos, e agora é tempo de nos alegrar. Valeu a pena cada dia de resistência ao cansaço e às dificuldades!

É maravilhoso que estejamos prestes a receber as certificações que dirão que somos professores, que adquirimos competências para atuar na Educação Infantil, nos Anos Iniciais, nas Coordenações Pedagógicas, na Gestão, em ambientes escolares e não escolares.

Aguardam-nos novos desafios, mas o brilho de nossas carreiras dependerá muito de nós. Então, não nos acomodemos, vamos à luta, vamos continuar nossas formações, vamos ser coerentes com nossas crenças, vamos ser úteis à educação! É isso o que Deus quer de nós, ou Ele não nos teria vocacionado e não nos teria trazido até aqui.

Não importa se a sociedade não nos aplaudir por nossos méritos; o importante é saber que, quando estivermos atuando, cada ser que iluminarmos será um a menos na ignorância, e um a mais para nos ajudar a fazer um mundo melhor.

E isso, queridos, iluminar... Os professores e pedagogos sabem fazer muito bem!

E como diria Jean Piget:

Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma arvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma.”

QUE DEUS NOS ABENÇOE!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

TEXTO LACUNHADO


Texto lacunado

 

consulte o banco de  palavras ABAIXO e escreva-as nos lugares certos para completara música.

 

A ______________ pintadinha.

E o ____________carijó

A  galinha veste _______________

E o galo  __________________

A galinha ficou doente

E o galo nem ligou

os_________________ foram correndo

pra chamar o seu  __________________

O doutor  era o ____________________

O enfermeiro era um  ______________

E a agulha da _______________________

Era a ___________ de ____________________



 
gaiola   urubu  Galinha   pintinho    pavão   galo
injeção     peruca    docinho  paletó    pena    doutor
peru    saia     pato    pele    sofá   goiaba   patão

ATIVIDADE DE LEITURA ANOS INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL


leitura de lista
 
cada um destes personagens pertence a uma história diferente. organize-os na tabela abaixo:
 
lobo
anões
porquinhos
madrasta
mãe
vovó
príncipe
caçador
menina
rainha
OS TRÊS PORQUINHO
BRANCA DE NEVE
CHAPEUZINHO VERMELHO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA


GADOTTI, Moacir. Projeto político pedagógico da escola: fundamentos para a sua realização. In: GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da escola: princípios e propostas. 5. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2002.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Fundamentos para a sua realização

Moacir Gadotti[1]
Até muito recentemente a questão da escola limitava-se a uma escolha entre ser tradicional e ser moderna. Essa tipologia não desapareceu, mas não responde a todas as questões atuais da escola. Muito menos à questão do seu projeto.

A crise paradigmática também atinge a escola e ela se pergunta sabre si mesma, sobre seu papel como instituição numa sociedade pós-moderna e pós-industrial, caracterizada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e da cultura, pelo pluralismo político, pela emergência do poder local. Nessa sociedade cresce a reivindicação pela participação e autonomia contra toda forma de uniformização e o desejo de afirmação da singularidade de cada região, de cada língua etc. A multiculturalidade é a marca mais significativa do nosso tempo.

Como isso se traduz na escola?

Nunca o discurso da autonomia, cidadania e participação no espaço escolar ganhou tanta força. Estes têm sido temas marcantes do debate educacional brasileiro de hoje. Essa preocupação tem-se traduzido sobretudo pela reivindicação de um projeto político-pedagógico próprio de cada escola. Neste texto, gostaríamos de tratar deste assunto, sublinhando a sua importância, seu significado, bem como as dificuldades, obstáculos e elementos facilitadores da elaboração do projeto político-pedagógico.

Começaremos esclarecendo o próprio título: "projeto político-pedagógico". Entendemos que todo projeto pedagógico é necessariamente político. Poderíamos denominá-lo, portanto, apenas "projeto pedagógico". Mas, a fim de dar destaque ao político dentro do pedagógico, resolvemos desdobrar o nome em "político-pedagógico ".

Freqüentemente se confunde projeto com plano. Certamente o plano diretor da escola - como conjunto de objetivos, metas e procedimentos - faz parte do seu projeto, mas não é todo o seu projeto. 

Isso não significa que objetivos, metas e procedimentos não sejam necessários. Mas eles são insuficientes pois, em geral, o plano fica no campo do instituído ou melhor, no cumprimento mais eficaz do instituído, como defende hoje todo o discurso oficial em torno da "qualidade", e em, particular da "qualidade total". Um projeto necessita sempre rever o instituído para, a partir dele, instituir outra coisa. Tornar-se instituinte. Um projeto político-pedagógico não nega o instituído da escola que é a sua história, que é o conjunto dos seus currículos, dos seus métodos, o conjunto dos seus atores internos e externos e o seu modo de vida. Um projeto sempre confronta esse instituído com o instituinte.

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.

 
·        De quem é a responsabilidade da conslituição do projeto da escola?

O projeto da escola não é responsabilidade apenas de sua direção. Ao contrário, numa gestão democrática, a direção é escolhida a partir do reconhecimento da competência e da liderança de alguém capaz de executar um projeto coletivo. A escola, nesse caso, escolhe primeiro um projeto e depois essa pessoa que pode executá-lo. Assim realizada, a eleição de um diretor ou de uma diretora se dá a partir da escolha de um projeto político-pedagógico para a escola. Portanto, ao se eleger um diretor de escola, o que se está elegendo é um projeto para a escola.

Como vimos, o projeto pedagógico da escola está hoje inserido num cenário marcado pela diversidade. Cada escola é resultado de um processo de desenvolvimento de suas próprias contradições. Não existem duas escolas iguais. Diante disso, desaparece aquela arrogante pretensão de saber de antemão quais serão os resultados do projeto. A arrogância do dono da verdade dá lugar à criatividade e ao diálogo. A pluralidade de projetos pedagógicos faz parte da história da educação da nossa época.

Por isso, não deve existir um padrão único que oriente a escolha do projeto de nossas escolas. Não se entende, portanto, uma escola sem autonomia, autonomia para estabelecer o seu projeto e autonomia para executá-lo e avaliá-lo.

A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto, uma exigência de seu projeto político-pedagógico.

Ela exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar. Mudança que implica deixar de lado o velho preconceito de que a escola pública é apenas um aparelho burocrático do Estado e não uma conquista da comunidade. A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários da escola, sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola.

Há pelo menos duas razões que justificam a implantação de um processo de gestão democrática na escola pública:

1 ª- porque a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o exemplo. A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade que a mantém.

2 ª- porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola, isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor conhecimento do funcionamento da escola e de todos os seus atores; propiciará um contato permanente entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em conseqüência, aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores.

 A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político-pedagógico da escola - não se limitam à mera declaração de princípios consignados em algum documento. Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também na escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na organização de eventos culturais, de atividades cívicas, esportivas, re reativas. Não basta apenas assistir reuniões.

 A gestão democrática deve estar impregnada por uma certa atmosfera que se respira na escola, na circulação das informações, na divisão do trabalho, no estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de elaboração ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de grupos de trabalho, na capacitação dos recursos humanos, etc. A gestão democrática é, portanto, atitude e método. A atitude democrática é necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos democráticos de efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda tempo, atenção e trabalho.

Existem, certamente, algumas limitações e obstáculos à instauração de um processo democrático como parte do projeto político-pedagógico da escola. Entre eles, podemos citar:

a) a nossa pouca experiência democrática;

b) a mentalidade que atribui aos técnicos e apenas a eles a capacidade de governar e que o povo incapaz de exercer o governo;

c) a própria estrutura de nosso sistema educacional que é vertical;

d) o autoritarismo que impregnou nosso ethos educacional;

e) o tipo de liderança que tradicionalmente domina nossa atividade política no campo educacional.

Enfim, um projeto político-pedagógico da escola apoia-se:

a) no desenvolvimento de uma consciência crítica;

b) no envolvimento das pessoas: a comunidade interna e externa à escola;

c) na participação e na cooperação das várias esferas de governo;

d) na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e como produto do projeto.

O projeto da escola depende sobretudo da ousadia dos seus agentes,da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da cara que tem, com o seu cotidiano e o seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela se insere.

Um projeto político-pedagógico se constrói de forma interdisciplinar. Não basta trocar de teoria como se ela pudesse salvar a escola.

Pelo que foi dito até agora, o projeto pedagógico da escola pode ser considerado como um momento importante de renovação da escola. Projetar significa “lançar-se para a frente”, antever um futuro diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada com um sentido definido, explícito, sobre o que se quer inovar. Nesse processo podem-se distinguir dois momentos:

a) o momento da concepção do projeto;

b) o momento da institucionalização ou implementação do projeto.

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

A noção de projeto implica sobretudo tempo:

a) Tempo político que define a oportunidade política de um determinado projeto.

b) Tempo institucional. Cada escola encontra-se num determinado tempo de sua história.O projeto que pode ser inovador para uma escola pode não ser para outra.

c) Tempo escolar. O calendário da escola, o período no qual o projeto é elaborado é também decisivo para o seu sucesso;

d) Tempo para amadurecer as idéias. Só os projetos burocráticos são impostos e, por isso, revelam-se ineficientes a médio prazo. Há um tempo para sedimentar idéias. Um projeto precisa ser discutido e isso leva tempo.

Como elementos facilitadores de êxito de um projeto, podemos destacar:

1º- Uma comunicação eficiente. Um projeto deve ser factível e seu enunciado facilmente compreendido.

2º- Adesão voluntária e consciente ao projeto. Todos precisam estar envolvidos. A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de um projeto;

3º- Bom suporte institucional e financeiro, que significa: vontade política, pleno conhecimento de todos - principalmente dos dirigentes - e recursos financeiros claramente definidos.

4º- Controle, acompanhamento e avaliação do projeto. Um projeto que não pressupõe constante avaliação não consegue saber se seus objetivos estão sendo atingidos.

5º- Uma atmosfera, um ambiente favorável. Não é desprezível um certo componente mágico-simbólico para o êxito de um projeto, uma certa mística (ou ideologia) que cimenta a todos os que se envolvem no “design” de um projeto;

6º- Credibilidade. As idéias podem ser boas, mas, se os que as defendem não tem prestígio, comprovada competência e legitimidade só pode obstaculizar o projeto.

7º- Um bom referencial teórico que facilite encontrar os principais conceitos e a estrutura do projeto.

A falta desses elementos obstaculiza a elaboração e a implantação de um projeto novo para a escola. A implantação de um novo projeto político-pedagógico da escola enfrentará sempre a descrença generalizada dos que pensam que nada adianta projetar uma boa escola enquanto não houver vontade política dos de cima. Contudo, o pensamento e a prática dos de cima não se modificará enquanto não existir pressão dos de baixo. Um projeto político-pedagógico da escola deve constituir-se num verdadeiro processo de conscientização e de formação cívica; deve constituir-se num processo de repercussão da importância e da necessidade do planejamento na educação.

 
Tudo isso exige certamente uma educação para a cidadania.

 
  • O que é "educar para a cidadania"?

A resposta a essa pergunta depende da resposta à outra pergunta: "o que é cidadania?"

Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia. Não há cidadania sem democracia.

A democracia fundamenta-se em três direitos:

-direitos civis, como segurança e locomoção;

-direitos sociais, como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação, etc.

-direitos políticos, como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos, etc.

O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo. Em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabelecia as primeiras normas para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Existem diversas concepções de cidadania: a liberal, a neoliberal, a progressista ou socialista democrática (o socialismo, autoritário e burocrático não admite a democracia como valor universal e despreza a cidadania como valor progressista).

Existe hoje uma concepção consumista de cidadania (não ser enganado na compra de um bem de consumo) e uma concepção oposta que é uma concepção plena de cidadania que consiste na mobilização da sociedade para a conquista dos direitos a ima mencionados e que devem ser garantidos pelo Estado. A concepção liberal e neoliberal de cidadania entende que a cidadania é apenas um produto da solidariedade individual (da "gente de bem") entre as pessoas e não uma conquista no interior do próprio Estado. A cidadania implica em instituições e regras justas. O Estado, numa visão socialista democrática precisa exercer uma ação -para evitar, por exemplo, os abusos econômicos dos oligopólios -fazendo valer as regras definidas socialmente.

Cidadania e autonomia são hoje duas categorias estratégicas de construção de uma sociedade melhor em torno das quais há freqüentemente consenso.Essas categorias se constituem na base da nossa identidade nacional tão desejada e ainda tão longínqua em função do arraigado individualismo, tanto das nossas elites quanto das fortes corporações emergentes, ambas dependentes do Estado paternalista.

O movimento atual da chamada "escola cidadã" está inserido nesse novo contexto histórico de busca de identidade nacional. A "escola cidadã" surge como resposta à burocratização do sistema de ensino e à sua ineficiência.

É nesse contexto histórico que vem se desenhando o projeto e a realização prática da escola cidadã em diversas partes do país, como uma alternativa nova e emergente. Ela vem surgindo em numerosos Municípios e já se mostra nas preocupações dos dirigentes educacionais em diversos Estados brasileiros.
 
Movimentos semelhantes já ocorreram em outros países. Vejam-se as "Citizenship Schools" que surgiram nos Estados Unidos nos anos 50, dentro das quais se originou o importante movimento pelos Direitos Civis naquele país, colocando dentro das escolas americanas a educação para a cidadania e o respeito aos direitos sociais e humanos

Do movimento histórico-cultural a que nos referimos, estão surgindo alguns eixos norteadores da escola cidadã: a integração entre educação e cultura, escola e comunidade (educação multicultural e comunitária), a democratização das relações de poder dentro da escola, o enfrentamento da questão da repetência e da avaliação, a visão interdisciplinar e transdisciplinar e a formação permanente dos educadores. A interdisciplinaridade refere-se à estreita relação que as disciplinas mantém entre si e, a transformação, indo, portanto, além da interação e reciprocidade existentes entre as ciências.
 
Da nossa experiência vivida nesses últimos anos, tentando entender esse movimento, algumas lições podemos tirar que nos levam a acreditar nessa concepção/realização da educação. Por isso, baseado nessa crença, apresentamos um "decálogo" no livro Escola cidadã em 1992. Para nós, a escola cidadã surge como uma realização concreta dos ideais da escola pública popular, cujos princípios vimos defendendo, ao lado de Paulo Freire, nas últimas duas décadas. Concretamente, dessa experiência vivida pudemos tirar algumas lições. Para finalizar gostaríamos de mencionar pelo menos quatro:

 
1ª- A escola não é o único local de aquisição do saber elaborado. Aprendemos também nos fins de semana, como costuma dizer Emília Ferreiro.

2ª- Não existe um único modelo capaz de tornar exitosa a ação educativa da escola. Cada escola é fruto de suas próprias contradições. Existem muitos caminhos, inclusive para a aquisição do saber elaborado. E o caminho que pode ser válido numa determinada conjuntura, num determinado local ou contexto, pode não sê-lo em outra conjuntura ou contexto. Por isso, é preciso incentivar a experimentação pedagógica e, sobretudo, ter uma mentalidade aberta ao novo e não atirar pedras no caminho daqueles que buscam melhorar a educação.

3ª- Todos não terão acesso à educação enquanto todos - educadores e não educadores, Estado e Sociedade Civil - não se interessarem por ela. A educação para todos supõe todos pela educação .

4ª- Houve uma época na qual eu pensava que as pequenas mudanças impediam a realização de uma grande mudança. Por isso, no nosso entender, elas deveriam ser evitadas e todo o investimento deveria ser feito numa mudança radical e ampla. Hoje, minha certeza é outra: a grande mudança exige também esforço contínuo, solidário e paciente das pequenas ações. Estas, no dia-adia, construídas passo a passo, numa certa direção, também são essenciais à grande mudança. E o mais importante: devem ser feitas hoje. Como dizia Paulo Freire, “a melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer”.

Isso, de forma alguma, significa renunciar ao sonho da construção de uma sociedade justa e humana, nem jogar no lixo da História nossa utopia revolucionária. Precisamos sobretudo da utopia neo-socialista contra a ideologia neoliberal que prega o fim da utopia e da história. Estamos convencidos, acima de tudo, que a educação, mais do que passar por uma melhoria da qualidade do ensino que está aí, como sustenta o Banco Mundial, ela precisa de uma transformação radical, exigência premente e concreta de uma mudança estrutural provocada pela inevitável globalização da economia e das comunicações, pela revolução da informática a ela associada e pelos novos valores que estão refundando instituições e convivência social na emergente sociedade pós-moderna. Por isso, como afirmamos no início do texto, não se constrói um projeto político-pedagógico sem uma direção política, um norte, um rumo.



[1] Moacir Gadotti é professor titular da Universidade de São Paulo e diretor do Instituto Paulo Freire. Escreveu. entre outras obras: Escola cidadã (1992). História das idéias pedagógicas (1993) e Pedagogia da práxis (1995).